É sobre aquela paz necessária para cruzar ou atravessar grandes desafios.
Calma antes da tempestade, sentimento de apreensão e ausência de medo, respeito e consciência daquilo que se encontra a diante.
Onde a ideia da nossa capacidade se materializa tocando tanto os limites físico quanto intelectual.
É na tomada de risco e na aventura despretensiosa que se encontra aquilo que podemos chamar de “eu”
Um lugar onde você é mais você mesmo sem deixar de conviver com as suas contradições.
Um lugar onde nós simplesmente existimos e agimos, onde a intuição se torna mais palatável, deixando de lado tudo aquilo que toca o passado assim como o futuro.
Um lugar onde somos nós mesmos no sentido mais intrínseco da palavra, em harmonia com todas as nossas contradições.
A variação de linguagem, criada nesse conjunto de pinturas, não são só uma discussão sobre estilo mas também uma abordagem sobre limite, sobre a expansão da nossa rede e principalmente uma fuga da nossa zona de conforto. Quase como se elas se confrontassem a si mesmas sem perder a sua unidade. Através de uma noção de gosto bastante simples e até mesmo de cunho exageradamente popular, cada uma delas foi criada em contraposição a outra, quase como se fossem feitas juntas, todas elas se inter-relacionam criando um certo tipo de ruído.
É através da repetição da técnica suporte e formato que a nossa atenção é atraída quase que exclusivamente para os diversos estilos linguísticos e de gosto, criando assim um grupo de trabalho que nao só é conciso dentro das suas próprias contradições como significamente distintos dos trabalhos anteriores.
No fim tudo que a gente precisa é um pouco de chuva pra regar a nossa imaginação.